Franqueador e franqueado: como deve ser essa relação?

Franqueador e franqueado: como deve ser essa relação?

A relação entre franqueador e franqueado é similar ao relacionamento que um empreendedor deve manter com os seus fornecedores. Qualquer turbulência pode impactar negativamente os negócios e “diluir” a parceria à medida que cada parte passa a remar para sentidos opostos.

Quando investe numa franquia, o franqueado confia no potencial da marca e na solidez do modelo de trabalho que foi proposto. Logo, a mesma confiança tem de permanecer intacta nessa relação, o que só é possível quando a comunicação é feita a partir de muito diálogo.

Evidentemente, o diálogo que mencionamos não abrange somente o ato de conversar com alguma frequência. É imprescindível que a comunicação seja marcada pela transparência e pela sinceridade de ambos os lados, tendo em vista solucionar os problemas em conjunto, seguindo o propósito de parceria que está inserido no franchising.

Ótimo, mas o que fazer para tornar isso uma realidade na relação entre franqueador e franqueado? Se essa é a sua dúvida no momento, não se preocupe: o nosso objetivo com o presente conteúdo é, justamente, apresentar soluções. Vamos a elas!

 

Por que a boa relação entre franqueador e franqueado é tão importante?

Não é incomum que empreendedores assumam uma franquia pensando em autonomia e independência. Se imaginássemos o que seria do negócio sem a participação do franqueador, certamente, veríamos que não haveria muitas histórias de sucesso envolvendo esse tipo de parceria.

Da mesma maneira, um franqueador que não se comprometa a assessorar, a capacitar e a orientar o franqueado tem muitas chances de ver as unidades fecharem as portas. Ou seja, a expansão da marca e a captação de novos clientes por meio dos franqueados deixam de existir.

Isso significa que o sucesso depende não apenas do que o franqueado consegue obter individualmente e nem somente da reputação que o franqueador já conquistou por sua marca, como se fosse uma relação trabalhista entre funcionário e patrão. Na verdade, o princípio de franchising é bem diferente disso.

O conceito exige que a comunicação entre ambos vá além das metas. Ela existe para discutir o planejamento, estudar implementações de inovações tecnológicas e desenvolver estratégias em conjunto, de modo que franqueador e franqueado participem juntos da gestão. Por isso, o bom relacionamento é importante a ponto de ser considerado um requisito para o sucesso da franquia.

 

Quais são os deveres e responsabilidades das partes?

Retomando o que dissemos no início do conteúdo, a relação entre franqueador e franqueado é uma parceria acima de tudo. Por isso, é fundamental que as partes assumam uma série de deveres e responsabilidades que, ao serem plenamente cumpridos e respeitados, contribuem incisivamente para o atingimento das metas.

Para melhor esclarecermos o assunto, vejamos, a seguir, os principais pontos envolvidos nos deveres e nas responsabilidades, tanto do franqueador quanto do franqueado.

 

Deveres e responsabilidades do franqueador

Entre tantas atribuições do franqueador, uma delas é primordial: a capacitação do franqueado. Isso se dá pelo fato de que o franqueado nem sempre dispõe de muito conhecimento em administração, tampouco de experiência relevante para agregar à parceria.

A capacitação pode ser realizada de diversas maneiras. Por exemplo, o franqueador (ou um representante) pode ministrar treinamentos ao franqueado e à sua equipe, ou encaminhar a ele uma série de materiais, tais como apostilas e manuais, suficientes para que a unidade opere dentro dos padrões de excelência.

Por que o franqueador tem o dever de capacitar o franqueado? Porque a principal responsabilidade dele é planejar, executar e consolidar o modelo de negócios que norteará a gestão de todas as unidades. Logo, ele é a fonte de informações mais rica e, ao mesmo tempo, interessada em alavancar os negócios.

Inclusive, esse é o motivo que traz ao franqueador a missão de definir regras, procedimentos, políticas, padrões, melhores práticas, objetivos, princípios, entre outros elementos que a administração precisa considerar para assegurar a qualidade que os clientes esperam do serviço.

Além das atribuições mencionadas acima, o franqueador tem o papel de fornecer suporte ao franqueado sempre que solicitado. Afinal, por mais que ele tenha se dedicado aos estudos, a experiência do franqueador é providencial na solução de problemas — que são comuns no início da parceria.

 

Deveres e responsabilidades do franqueado

Por parte do franqueado, o dever primário é seguir à risca o que foi estabelecido no contrato da franquia e, também, as orientações difundidas nos treinamentos/documentos fornecidos pelo franqueador. Tal obediência é muito importante para que os padrões da franquia sejam mantidos.

Quer um exemplo? Então, suponhamos que, na sua cidade, existam cerca de 10 unidades de uma conhecida franquia de fast-food (McDonald’s, Subway, Burger King, Giraffas, Habib’s etc.). Experimente visitar cada uma delas e, assim, você perceberá que as diferenças em termos de ambiente, produtos e atendimento são mínimas — ou inexistem.

Com as franquias menores, a regra não é diferente. A proposta do franqueador é que o franqueado aplique as mesmas estratégias que o levaram a prosperar com o negócio. Portanto, o franqueado precisa ter ciência de que a autonomia não será a mesma de um negócio próprio.

No mais, cabe ao franqueado trabalhar com metas propostas pelo franqueador, bem como atender às exigências relativas à localização, ao pagamento de royalties, ao nível de capacitação da equipe, às estratégias de marketing, aos preços pelo serviço, às instalações, entre outros. Em outras palavras, é preciso encarar o negócio como as demais unidades da rede.

 

O que fazer para fortalecer a parceria?

Quando os envolvidos cumprem os respectivos papéis na parceria entre franqueador e franqueado, é inegável que é dado um grande passo. Contudo, fortalecer a relação requer mais do que o esforço mútuo — é necessário tomar medidas que ajudem a manter (ou melhorar) a colaboração. Entre elas, destacam-se:

  • reuniões frequentes: agendar reuniões mensais, por exemplo, ajuda a manter um ótimo nível de comunicação;
  • fornecimento de relatórios: documentar o desempenho da unidade franqueada é fundamental para que o franqueador se certifique do cumprimento de metas e, também, da precisão do cálculo dos royalties cobrados;
  • adimplência: independentemente do desempenho da unidade, o franqueado deve estar sempre em dia com o franqueador, evitando que a confiança seja colocada em xeque;
  • propostas de inovação: a dedicação por parte do franqueado em estudar as inovações do mercado é bastante positiva para demonstrar comprometimento com a parceria; e
  • atualização: o franqueador, por sua vez, deve manter o franqueado a par das novidades e mudanças, dando a ele mais oportunidades para prosperar.

Como vimos neste artigo, a relação entre franqueador e franqueado influencia diretamente o rumo da parceria. Para garantirem que ela seja saudável e enriquecedora, as duas partes têm de cumprir com suas obrigações e, também, preservar a transparência, a confiança e o diálogo.

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